sábado, 12 de setembro de 2015

A tragédia do mundo.


A imagem do menino sírio que morreu afogado cujo corpo apareceu em uma praia grega nos impõe uma reflexão, mas não é uma reflexão qualquer e muito menos acerca de quem é o responsável sobre essa tragédia humana, mas sim sobre nós, ou seja, sobre a maneira como nos portamos no mundo, nas nossas relações interpessoais e especialmente sobre a nossa visão de mundo enquanto cidadãos do mundo.

domingo, 10 de maio de 2015

Rolando na Vitrola: Black Sabbath - Sabotage (1975)


O Black Sabbath começou a sua carreira virando o mundo da música de cabeça para baixo, ou seja, aquela música pesada, um blues de guitarras distorcidas cheios de riffs e solos trovejantes acompanhados de uma instrumental que sustentava aquela anarquia sonora que se locupletava com letras sombrias de deixar qualquer pessoa de cabelos em pé, foi assim que aconteceu na sexta feira 13 de fevereiro, em 1970, o heavy metal surgia para atormentar as famílias que estavam ainda acostumando-se a ver seus filhos e filhas encantados com a sonoridade da década anterior.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Dilemas de um colecionador.


Toda a vez que compro discos e livro me vejo diante de um problema, a falta de espaço nas minhas prateleiras, mas mesmo assim constinuo comprando ambos, pois não consigo parar de enfeitar a minha mente. 


Imagem da noite: Os excluídos da sociedade


Rolando na Vitrola: Os Mutantes - Os Mutantes (1968)


O Brasil sempre teve uma música de primeira linha, primeiramente com a bossa nova que arrepiou corações desde seu surgimento nos momentos finais da década de 1950 e depois a com a tropicália na década seguinte e posterior, mas o que sempre matou foi à disposição do brasileiro a ir buscar lá fora as suas referências musicais, mas a culpa também tem outras fontes e por isso muita gente boa ficou mofando no esquecimento até ser descoberto e os que ainda estão por ser descobertos ficam lá na caverna respirando o cheiro do mofo cobertos patina, eu não estou falando Cartola.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Rolando na Vitrola: Willie Dixon - I Am The Blues (1970)


I Am The Blues é um título pretencioso para um disco, pelo menos a primeira vista, mas depois quando você ouve o disco entende porque Willie Dixon diz que ele é blues. O gênero tem outros tantos bluesman e caras como Muddy Waters (com quem trabalhou), Albert King e o Robert Johnson são as referências do gênero, porém apesar de todos eles serem gênios e possuírem álbuns clássicos nenhum deles atinge o mesmo nível de percepção da coisa como Dixon.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Rolando na Vitrola: Television - Marquee Moon (1977)


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Quem pensa punk nasceu na Inglaterra está redondamente enganado, pois o pai dele conhecido como Malcom McLaren fez curso e estágio antes no EUA, e durante a sua estada na terra do tio Sam fez barulho não apenas vendendo as suas extravagantes roupas, mas ao empresariar uma banda de caras que se vestiam e pintavam-se como mulher, ou seja, o New York Dolls, mas antes desses caras ainda temos que falar do ponta pé dado lá atrás com o The Stooges e com o MC5, pois daí para adiante as coisas se desenrolaram incrivelmente bem, pois até uma poetiza o gênero tinha, a Patty Smith, os Ramones é quem deram o ponta pé na coisa e fizeram o negócio pegar fogo com o debut incendiário.
Os EUA são mesmo a terra das oportunidades, das grandes invenções não apenas tecnológicas, mas também de grandes revoluções sonoras. A agressividade, a insanidade, a poesia e o niilismo do Velvet Underground foram o combustível para esse famigerado gênero transgressor, o punk rock. A cidade de New York nunca foi à mesma depois daquela explosão atômica, o CBGB o grande templo vibrava noite à após noite com toda esta efervescência que dominava os corações, as almas e refletiram nitidamente o espirito daqueles dias cujo legado iria a lugares inimagináveis.
A história do Television começa quando Tom Verlaine e Richard Hell, montaram a banda Neon Boys em 1971, os outros integrantes como Billy Frica e Richard Lloyd chegaram depois para completar o time e o nome também mudaria e o escolhido foi Television. Richard Hell saiu em 1974. No seu lugar entrou Fred Smith, que antes era baixista do Blondie e depois de finalmente resolver os problemas  de formação da banda que se estabilizou com esse line-up os caras no mesmo lançaram um single e no ano de 1976, os caras assinaram com Elektra Records (que teve no cast Iggy Pop e MC5 que nesses dias faziam parte do passado). Em 1976, com a produção do próprio Verlaine e o engenheiro de som Andy Johns (que foi creditado como coprodutor) gravaram Marquee Moon em setembro no A & R Recording, em New York City.  
Só que ao contrário do que o Ramones, o Dead Boys faziam os rapazes do Television investiam em uma sonoridade mas complexa cuja elaboração os aproximava as influências de  bandas como a de Neil Young e os seus Crazy Horses, The Doors e por ai vai. Apesar dessa influência rock os caras tinham suas influências do jazz, o som estilo jam session. O som homeopático, hipnótico e eclético dos caras colocava-os em outra dimensão sonora, pois aquele som refinado e sentimental, poético a sua maneira era o portal para outras dimensões ainda não exploradas.
O disco chegou às prateleiras nova-iorquinas em fevereiro de 1977 e no Reino Unido em apenas no quarto dia de março, a mídia especializada caiu de amores pelo disco, o público idem. Também não era para menos, pois quando você deita a agulha sobre a bolacha e logo na abertura tem “See no Evil” um tema mais do que sugestivo e cheio de fantasias e possibilidades ilimitadas, um rock and roll sem firulas, narrativo, de uma beleza singular. “Venus” é outro grande momento, pois além das referências de Verlaine as suas experiências psicodélicas (LSD) e também “cai nos braços de Venus de Mileto”, uma torrente de emoções em constante mudança, alterações de pensamento.
Em “Friction” os solos de Verlaine transitam entre a  sobriedade e a insanidade, mas passam a maior parte tempo na segunda trilhando um caminho sem volta, ou seja, uma passagem só de ida para os recônditos da mente. Fechando o lado A, temos talvez a música mais poderosa do disco, a épica, Marquee Moon onde o jogo de guitarras gêmeas condensou bem suas influências e pôs para fora o som avant-garde jazzistico e junto a esse pano de fundo existe ai as paisagens urbanas noturnas muito bem narradas de forma poética. Apesar das letras tratarem de assuntos urbanos, ou seja, de lendas Marquee Moon não é um álbum conceitual, mas é um retrato fiel do cotidiano.
O lado B abre com “Friction” que além de ter um clima hipnótico tem na linha de frente belos solos de Verlaine, enfim um mimo para ser repetido até a exaustão no silêncio da noite no seu quarto. “Guiding Light” é a balada, ou seja, todo o disco de rock tem a sua reserva romântica onde o artista apresenta a sua versatilidade e aqui Verlaine e seu companheiro Lloyd fazem exatamente isso, mas esbanjam um talento único difícil de ver por ai. “Prove It”  é perfeita, ou seja, imagética e sintetiza toda a paisagem narrada por Verlaine e sua turma. “Tom Curtain” e sua instrumental melancólica e os vocais lúgubres resumem a obra neste grande final mais do que apropriado.  
Apesar das críticas favoráveis na sua própria terra Marquee Moon não foi comercialmente bem sucedido, pois não registrou vendas superiores a oitenta mil cópias e, portanto, nem entrou nas paradas da Billboard 200, o sucesso do disco aconteceu no Reino Unido onde se firmou na 28° posição no UK Album Charts e por ali as vendas foram alavancadas pelo artigo de duas páginas escrito pelo jornalista Nick Kent da NME, que os colocou na capa da revista e também chamou a assessoria de imprensa da Elektra Records, que por sua vez apoiou a banda a trabalhar no sucesso adquirido no Reino Unido.
A capa do álbum é de autoria de Robert Mapplethorpe, que dois anos atrás havia feito a capa de Horses de Patty Smith. Marquee Moon marcou o fim de uma fase dourado do CBGB, porém o legado sobreviveu e foi a base, ou seja, a pedra angular para o rock alternativo praticado por bandas como o Pixies e muitas outras, e além disso o álbum figurou em várias listas dos melhores de muitas publicações como a Mojo e a Q Magazine que o elencou na sua lista de 200 melhores álbuns do Punk, a revista Rolling Stone por sua vez o colocou na sua lista de 500 melhores discos de todos os tempos. Uma coisa é certa, pois apesar de ser clássico desde seu nascimento e depois do fim, em 1979, é que o Television e os seus integrantes fizeram a sua obra definitiva, pois no segundo álbum Adventure de 1978 e mas suas carreiras não chegaram perto se quer do brilho e da magia de Marquee Moon. Outra coisa certa é que este álbum agrada em cheio qualquer fã de música independente do gênero.      
 
Lista de músicas:
 
A1 See no Evil A
A2 Venus
A3 Friction
A4 Marquee Moon
 
B1 Elevation
B2 Guiding Light (autoria de Verlaine e Lloyd)
B3 Prove It
B4 Tom Curtain
 

quarta-feira, 25 de março de 2015

Rolando na Vitrola: Dust - Hard Attack (1972)


Quando se fala no rock setentista é quase consenso geral a trindade composta por Black Sabbath, Led Zeppelin e Deep Purple são os melhores entre outros, mas pode até ser verdade esse fato. Só que os anos de 1970 não ficaram adstritos à apenas essas bandas existiram várias outras de nível compatível. Nos EUA, apesar da invasão britânica, havia um celeiro forte e promissor de outro sem número de bandas com qualidade de som para estar no topo. Só muitas dessas bandas não em alguns casos não passaram do primeiro ou do segundo álbum ou raramente ultrapassavam essa marca e acabaram esquecidas e só foram redescobertas recentemente, ou seja, depois de quarenta anos.

domingo, 15 de março de 2015

Livros: 1001 Discos que você tem ouvir antes de morrer


Poderia ser a música uma ciência, uma arte de curar e até mesmo de terapia para a alma? Eu não sei, mas entendo que a música nas mais variadas formas é uma expressão dos sentimentos, da vida e dos tormentos que vivemos que na vida moderna que não para de nos testar, e a qualquer momento sempre aparece lá no horizonte um novo desafio. Por falar em desafio também temos aqui uma atividade cerebral ao ouvir música e juntando os dois pensamos, refletimos sobre "1001 discos para ouvir antes de morrer" podemos entender a música como a quebra das regras de conduta, o salvo conduto para experimentações diversas, ilimitadas neste campo. Que tal experimenta-las extrapolando todos os limites sem freios, culpas e autoflagelos porque fugiu dos seus padrões? Então, e ai vamos transgredir as regras?

Canções de Protesto: Neil Young & Crosby Stills and Nash - Ohio (1971)


A década de 1960 e 1970 foram terríveis para os jovens norte americanos, pois como os EUA lançaram-se ainda na década de 1950 (depois da guerra da Coréia), numa aventura, ou seja, uma cruzada contra o comunismo na Ásia também, mas só que a bola da vez era o Vietnã, pois devemos nos lembrar de que o mundo nessa altura vivia a Guerra Fria (Capitalistas vs. Comunistas), de um lado estava a hoje extinta União Soviética em conjunto com a China e a Coréia do Norte apoiando o Vietnã do Norte e do outro lado do ringue estavam os EUA apoiados por outros países como: Austrália, Coréia do Sul e Nova Zelândia e assim com as suas alianças definidas partiram para a guerra.

Capas Históricas: Black Sabbath - Paranoid (1970)



Na segunda metade do ano de 1970 o mundo testemunhou o lançamento do segundo álbum do Black Sabbath (que a exemplo do primeiro também teve uma data para lá de "especial", pois veio às prateleiras das lojas justamente no dia em que morreu o guitarrista Jimi Hendrix), Paranoid na verdade é mais do que um simples disco é, um manifesto antibélico é, uma reação contra os ideais da geração paz & amor, era uma pedrada na cara da sociedade, (cuja mensagem era bem clara numa época em que o mundo encontrava-se bipolarizado, ou seja, dividido entre capitalistas e comunistas que buscavam ampliar o seu poder de influência nos países que saiam de sangrentas batalhas de descolonização), e observando esses detalhes é por isso que não é difícil entender porque Ozzy Osbourne declarou ser contra a paz e o amor, pois ele disse era só olhar o mundo à volta e ver que ele era uma bosta, ou seja, cheio de guerras (guerra fria, descolonização, repressão da juventude e a corrupção que sempre existiu incluindo o primeiro mundo para a tristeza daqueles que pensam que este defeito de caráter é exclusivo dos países na época chamados de terceiro mundo).

Rolando na Vitrola: Beck Bogert & Appice - Beck Bogert & Appice (1973)


Em meados da década de 1960, o guitarrista Jeff Beck resolve trabalhar com o baterista Carmine Appice e também com o baixista Tim Bogert, e durante 1967 acontecem algumas reuniões, mas as sessões de ensaio foram rolar somente em 1969, Jeff Beck, nessa altura já estava estabelecido em sua carreira e já tinha lançado o álbum Truth de 1968, com Rod Stewart nos vocais, e estava com Beck-Ola na agulha que seria lançado em 1969, ficou extremamente contente com a dupla não perdeu tempo para confirma-los em sua banda. 

Cinco discos para conhecer Ronnie James Dio.


Poucos tiveram uma carreira tão longa e chegaram tão longe e viram de perto a formação do rock e os seus subgêneros e tornaram-se ídolos de sua geração e de todas tornando-se uma referência, um mito. Esse privilégio é de poucos e Ronald James Padovana conhecido Ronnie James Dio foi dos poucos que o conquistou ao longo de décadas caminhando como um verdadeiro gigante sobre a terra com a sua potente e ensurdecedora voz, um cantor, um mágico, um hipnotizador dono de um talento singular que expressou através de sua música o que o rock é e o que poderia ser sempre. Passagens brilhantes pelo Rainbow, Black Sabbath e pela sua banda solo deixando um legado registrado em álbuns clássicos que venderam milhões de cópias ao redor do mundo, e a aqui você que ainda não o conhece pode conferir cinco indicações para ouvir o trabalho desse mestre.  

Rolando na Vitrola: Rainbow - Rising (1976)


Em 1975, Ritchie Blackmore já tinha na bagagem junto com David Coverdale e  Glenn Hughes, os novos integrantes que deram vida a terceira encarnação do Deep Purple conhecida como MKIII, a segunda mais importante por ter registrado até ali álbuns como: Burn (1974) responsável pelo renascimento do grupo após a debandada de Ian Gillan e Roger Glover, pois haviam muitas especulações, dúvidas se haveria sobrevida por causa das ausências do baixista e principamente do vocalista (não sendo a toa apelidado de Silver Voice), e Stormbringer (1974) um álbum mal compreendido, pois os novos integrantes radicalizaram as suas influências soul/funk (deixando para de lado o passado recente de grande álbuns de hard rock) e através dele delinearam os novos rumos do grupo e de suas carreiras solo, no futuro. O guitarrista vendo os novos rumos que o grupo tomava não os achou nada legal e, portanto, a insatisfação o fez botar a sua guitarra na sacola e ir viajar, ou seja, na verdade ele foi formar uma das maiores encarnações já vistas  e ouvidas na história do rock, o Rainbow.

Entre o passado, o presente e o futuro, a espera de dias melhores.


Quando eu era mais jovem, ou seja, tinha os meus 15 anos já contava com um número considerável de discos, isso aconteceu em 1990 e o meu sonho era chegar aos 30, 40 anos rodeado por alguns milhares deles. Comprar um disco era uma experiência bacana, nas lojas você entrava num universo a parte onde todas as diferenças se encontravam e trocavam assunto referente à música. Quando ia para casa com as sacolas abarrotadas de discos e os colocava um a um para ouvi-los sempre procurava extrair os hits e depois é que me interessava em ouvi-lo inteiro para saber se realmente iria gostar daquela coleção de canções inéditas, mas geralmente passava tanto tempo com esses discos e era inevitável não se apaixonar por elas todas.

sábado, 14 de março de 2015

Dez discos para você conhecer a música de Bob Dylan.


Poucos artistas possuem uma discografia tão extensa e tão cultuada e idolatrada, o fato é que anos de 1960 e 1970 foi quando saíram os melhores e mais emblemáticos discos da carreira de Dylan. Um poeta místico engajado na luta pelos direitos civis, ou seja, ele militou e cantou sobre e a favor do fim da segregação racial. Música folk revolucionária para protestar que se funde a outros gêneros como rock e country e se eletrifica e eletrocuta os ouvidos, as mentes e os corações. Dos anos de 1980 até atualidade Bob Dylan se manteve lançando discos fracos, bons e clássicos, porém sempre relevante e com energia de sobra. O lance desse post é indicar dez discos para você correr atrás o mais depressa possível, para conferi-los nota por nota, letra por letra e se possível fazer a loucura de adquiri-los todos de uma vez só. 

segunda-feira, 9 de março de 2015

A Volta do Vinil: de Falácia a Realidade.


Há quem diga que a volta do vinil seja uma falácia, eu mesmo já tive essa opinião, mas diante dos acontecimentos nos últimos cinco anos estou começando a mudar de ideia, mas por quê? Isso aconteceu justamente por causa das feiras itinerantes que cortam o país de norte a sul e também por causa de outras formas de aquisição, pois as grandes redes livrarias estão vendendo os importados e os nacionais e lojas especializadas no formato vem surgindo em vários lugares do Brasil.

domingo, 8 de março de 2015

Picaretagens no Rock: O dia em que o Deep Purple virou o "New" Deep Purple.


Falcatruas existem em vários lugares e até no rock elas existem, mas não se restringem a discos ruins, mudanças de formação, ou seja, elas são um detalhe em comparação ao aconteceu com o Deep Purple em 1980. Perto daquela picaretagem discos ruins ou mudanças de formação ou mesmo na orientação musical do grupo podem ser consideradas brincadeira de criança ingênua. São poucos os fãs que sabem dessa história que fez o integrantes do Deep Purple saírem de suas casas e trabalhos não para retornar a ativa, mas sim para deter uma falcatrua que seria muito prejudicial a uma entidade do rock, que sempre primou pela honestidade junta a seus fãs.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Rolando na Vitrola: King Crimson - In The Court Of The King Crimson (1969)


Em 1969 começava o fim de uma era e começa-se o preparo de outra tão brilhante quanto essa. Os heróis começavam a morrer, primeiro Brian Jones no ano seguinte a perda seria esmagadora, Janis Joplin e Hendrix empacotaram e a seguir eles foi Morrison, que morreu em sua banheira, em Paris. Outros começariam a surgir antes dos anos de 1960 cerrarem suas cortinas, o rock progressivo estava em processo de formação, o gênero se caracteriza por ter faixas longas, mas mais do que isso as influências vinham da música clássica, do jazz e outros gêneros de vanguarda. Mais uma vez a Inglaterra, a Meca do rock, iria capitanear essa invasão mundial em curso.

terça-feira, 3 de março de 2015

Rolando na Vitrola: Eric Clapton - Eric Clapton (1970)


Após uma brilhante passagem pelo The Yardbyrds, o guitarrista Eric Clapton mergulha de cabeça no blues e vai tocar na banda de John Mayall onde deixa registrado o álbum Blues Breakers John Mayall with Eric Clapton (1966), que faz justiça a sua fama e ao apelido "Deus" e dessa maneira estabelecera-se como um músico de blues e sua passagem pela banda de John Mayall foi curta, pois o guitar-hero abandonou-a pouco tempo depois do lançamento do álbum, e foi formar um dos maiores e mais influentes power trios da história do rock, onde a sua fama e prestígio subiriam a níveis inimagináveis de adoração e devoção por parte dos seus adeptos.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Rolando na Vitrola: Judas Priest - Point of Entry (1981)


Em 1980, o Judas Priest estourou, arrebentou e derrubou barreiras com British Steel e através dele mostrava a força do heavy metal britânico para o mundo, o som estava mais manso em relação à década anterior cujos álbuns Sad Wings of Destiny (1976), Sin After Sin (1977), Stained Class (1978), Hell Bent For Leather (1978) transbordavam velocidade, agressividade, peso e melodias que viraram de ponta cabeça a rapaziada. Os legítimos herdeiros do Black Sabbath. Os caras pegaram o gênero criado por seus conterrâneos e o levaram para outro nível e a partir dali criaram as bases para tudo o que se viu e ouviu nos anos de 1980.

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Rolando na Vitrola: Riot - Narita (1979)

         
O Riot foi formado em 1975, pelo guitarrista Mar Reale e pelo baterista Peter Bitelli e para completar a banda convidaram Phil Feit para tocar o baixo, para cantar Guy Speranza. O primeiro trabalho de estúdio do quarteto foi uma fita demo de quatro faixas cuja ideia era coloca-las em uma coletânea com outras bandas desconhecidas, mas como o projeto não decolou, eles adicionaram Steve Costelo nos teclados. 

Rolando na Vitrola - Meat Loaf - Bat Out of Hell (1977)


Esse é daqueles álbuns históricos, é um começo bombástico e pode tranquilamente estar em qualquer lista dos melhores do gênero. Na década de 1970, o rock fez de tudo e andou por lugares inimagináveis, ou seja, o gênero foi além da imaginação e Bat Out of Hell é um desses frutos cuja degustação não era pecado e muito menos foi salvo conduto para expulsar seus criadores do paraíso muito pelo contrário, pois o rock na sua essência é singular por perturbar, transgredir qualquer barreira que o senso comum tente impor e por isso acaba chocando por ser tão contestador em todas as instâncias da vida em sociedade. 

Rolando na Vitrola: Opeth - Pale Communion (2014)


O Opeth começou fazendo uma combinação incomum, ou seja, death metal e progressivo misturados sem constrangimento nenhum e a fórmula deu certo, pois os fãs foram surgindo lançamento após lançamento, mas com o tempo o lado extremo foi ficando no passado e o rock progressivo foi se sobre saindo, o ápice foi em 2010, com Heritage, um álbum ótimo que mostrava uma banda não acomodada e sempre disposta a se reinventar sem medo da opinião alheia.


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Rolando na Vitrola: Scorpions - Return to Forever (2015)


Em 2010, Scorpions lançava Sting the Tail, o seu álbum de “despedida”, mas depois pensando bem e outros lançamentos depois os alemães resolveram que deviam voltar à ativa. Só que tem um negócio nessa volta será que ela realmente valeu a pena? Ou seria melhor ter encerrado de vez a cinco anos atrás? Pelo menos da minha parte uma análise sobre disco é cabível para mostrar a minha opinião sobre esta jogada de marketing, mas quanto ao sucesso ou fracasso fica para os fãs decidirem.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Rolando na Vitrola: Erasmo Carlos - Carlos, Erasmo... (1971)


Começava a década de 1970, a Jovem Guarda já era coisa do passado e, portanto era necessário seguir em frente e esse passo em frente obrigava a mudar, ou seja, era necessário “recomeçar”, reinventar-se visando deixar o passado para trás. Erasmo Carlos entra no ano de 1971 com um álbum, o sétimo de sua carreira,  um dos mais importantes dela. Os temas adolescentes ficaram para trás lá no álbum de lembranças, pois agora o lance era mais sofisticado e eclético também, pois o figura fez algo inédito. Gravou uma verdadeira obra prima da música popular brasileira misturando rock, MPB e o soul, cujos dois últimos foram a mola propulsora da bolacha.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Rolando na Vitola: Picture - Diamond Dreamer/Picture I & Eternal Dark/ Heavy Metal Ears


Nos anos de 1980, a Inglaterra, ainda estava comandando o rock, pois o que de melhor surgiu na década anterior surgiu por lá, porém outro movimento surgia por lá, ou seja, era a revitalização do heavy metal que ficou conhecido por NWOBHM. Esse movimento foi um dos períodos mais marcantes da música cuja explosão foi ouvida além das terras britânicas, ou seja, outros países também foram influenciados e também revelaram suas bandas. Além do que se conhece, o tradicional, países como a Alemanha, Bélgica, Espanha e a Holanda também tiveram seus grandes nomes que marcaram território além de suas pátrias.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Rolando na Vitrola: Os Mutantes - Boxset (2014)


Quando anunciaram na imprensa “especializada” que seria lançado um box dos Mutantes com todos os álbuns clássicos e mais um outro só de “raridades”, eu fiquei ouriçado e queria ter esse material de qualquer jeito já que  em 1992, fiquei praticamente de fora dos relançamentos só com o primeiro disco e em 2006, o prêmio de consolação foi o Foi Tudo Feito Pelo Sol (1974). Só que quando vi o preço desse relançamento pensei: “vou outra ficar de fora, mas dessa nem prêmio de consolação terei”. Só que como sou frequentador assíduo da Livraria Saraiva, compro muitos livros tanto para estudar como para lazer, me esqueci do cartão deles onde é possível acumular pontos e ter descontos em qualquer seção e quando solicitei a um atendente para conferir os pontos quase cai para trás, pois foi possível fazer aquisição, mas pagando uma diferença muito pequena.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Rolando na Vitrola: Al Green - Greatest Hits (1975)


Eu nunca fui muito fã de comprar coletâneas, só para ter todos os discos dos meus artistas preferidos ou para conhecer outros desconhecidos. Sempre achei esse tipo de álbum um verdadeiro embuste porque geralmente trás os "hits" e o resto são canções apenas para justificar a existência desses caça níqueis, um horror por isso sempre levam sempre notas baixas dos críticos. Só que às vezes alguma ou outra se sobressai trazendo o melhor do artista, ou seja, formam aquele resumo perfeito daquele momento clássico em que o artista se encontra.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Rolando na Vitrola: Jorge Ben - A Tábua de Esmeralda (1974)


Anos de 1970, o Brasil passava por sua fase mais sombria com a Ditadura Militar e o seu terrorismo como política de Estado para calar a boca da sociedade, porém o país tupiniquim vivia forte efervescência cultural e muita coisa bacana surgiu e na música aqui se falava muito alto com a Bossa nova, a Tropicália, o Samba e a Jovem Guarda.


Rolando na Vitrola: Patti Smith - Horses (1975)


O ano de 1975 foi um ano de grandes lançamentos como: Sabotage, Physical Graffiti, Come Taste the Band entre muitos outros que foram chegando durante o decorrer desse tempo de clássicos. Um desses artistas é a Patti Smith,  a sua estreia naquele ano é um destes grandes álbuns que ilustram um tempo memorável e não ficou devendo nada aos seus contemporâneos.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Rolando na Vitrola: The Velvet Underground - White Light/White Heat (1968)


O primeiro álbum do Velvet Underground é de fato um ótimo álbum, ou melhor, um clássico. Só que comercialmente falando as coisas não foram bem para o grupo, que naquela época concorria com vários nomes que vinham no caminho oposto ao deles. Os temas abordados estavam navegando em outras praias, as experiências eram outras, portanto, refletia na música e causava espanto num público desavisado que ainda estava mergulhado no falacioso sonho hippie.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Rolando na Vitrola: Bloomfield, Kooper, Stills - Super Session (1968)


A primeira vez que vi esse disco o deixei passar batido, mas quando cheguei a minha casa resolvi baixa-lo para saber se havia feito besteira ou não, mas depois de ouvir vi a enorme bobagem que cometi. Passei a procura-lo, cassa-lo pelas lojas onde pisava e nada do dito cujo aparecer e nas vezes que o vi o preço era uma barreira intransponível e como não gosto de disco usado os nessa condição deixei de lado.

domingo, 5 de outubro de 2014

Astral Weeks por Lester Bangs


No momento em que este texto é escrito, contam-se exatamente 10 anos, quase dia por dia, desde que Astral Weeks, de Van Morrison, foi lançado. Foi especialmente importante para mim porque o outono de 1968 tinha sido uma época terrível: eu era então um farrapo físico e mental, nervos dilacerados, fantasmas pairando e aranhas invadindo a cabeça. Meus contatos sociais se reduziram a praticamente nenhum; a presença de outras pessoas me deixava nervoso e paranóico. Passava dias e noites intermináveis afundado em uma poltrona no quarto, lendo revistas, vendo TV, ouvindo discos, olhando o teto. Não tinha qualquer idéia de como melhorar a situação e provavelmente não teria feito nada a respeito mesmo que soubesse.


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Jogando o FIFA 2014


Comprei o FIFA 2014 faz duas semanas e decidi nunca mais jogar o PES e, portanto, voltarei a ter apenas um jogo de futebol no computador. O game da Konami não é ruim até legal, porém o problema é que para tudo tem que baixar patches e essa aventura indigesta rende muitas dores de cabeça com o vírus que acabam com o hard drive (HD), e por isso decidi ter apenas um game e o FIFA 2014 foi o eleito por ser mais flexível e seguro que o seu concorrente.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

A maldita reflexão de um dia desgraçado na terra da tristeza

Me despedindo dessa conversinha estéril de esquerda e direita digo: O povo brasileiro está no pau de arara. Direitos humanos rasgados em benefício de poucos em detrimento de um povo sofrido que sangra para sobreviver. Para o que e a quem servem as ideologias? Bandeiras em chamas ideias na lata do lixo e milhares de traídos padecem nas ruas desfilando sua carne maculada e seu sangue forma rios que jorram pelas ruas sem destino além do esgoto. 

sábado, 23 de agosto de 2014

Jogando PES 2014


Jogo o FIFA desde 1995, mas faz dois anos que descobri o PES e desde então passei a ter os dois. Só que este ano, o PES 2014 surpreendeu e definitivamente me conquistou com o campeonato Libertadores da América e os campeonatos do Chile, México e Argentina e mais os equivalentes a nossa taça continental para a África e Ásia.