Poucos tiveram
uma carreira tão longa e chegaram tão longe e viram de perto a formação do rock
e os seus subgêneros e tornaram-se ídolos de sua geração e de todas tornando-se
uma referência, um mito. Esse privilégio é de poucos e Ronald James Padovana
conhecido Ronnie James Dio foi dos poucos que o conquistou ao longo de décadas
caminhando como um verdadeiro gigante sobre a terra com a sua potente e
ensurdecedora voz, um cantor, um mágico, um hipnotizador dono de um talento
singular que expressou através de sua música o que o rock é e o que poderia ser
sempre. Passagens brilhantes pelo Rainbow, Black Sabbath e pela sua banda solo
deixando um legado registrado em álbuns clássicos que venderam milhões de
cópias ao redor do mundo, e a aqui você que ainda não o conhece pode conferir
cinco indicações para ouvir o trabalho desse mestre.
Como já escrevi uma resenha sobre o Rising,
e por isso e por ser consensual entre o público roqueiro sobre ele ser o melhor
disco do grupo disparado, e é não para menos, é que resolvi colocar este álbum aqui.
Long Live Rock n Roll é o último álbum do Rainbow com a participação e Ronnie
James Dio, e também o último bom momento do Rainbow como banda e de Ritchie
Blackmore como compositor. Aqui temos a continuação do que foi feito no seu
antecessor, mas o resultado ficou um pouco distante e menos potente, mas faixas
como “Kill the King” já profetizavam o heavy metal e o Hard rock da próxima
década, “Gates of Babylon” um clássico que relembra Stargazer, “L.A Connection”
e o seu hard forte e consistente e a faixa título um hino ao rock and roll
marcavam uma despedida em alto e bom som.
Este disco
representa o renascimento e a renovação da música do Black Sabbath e do próprio
grupo. Agora com Dio nos vocais e com um disco que trazia de volta aquela áurea
mística e sombria com o mesmo poder de fogo da década passada legou um dos
grandes trabalhos de estúdio que entrou para o panteão dos clássicos. A verdade
é que Heaven and Hell abriu uma fissura na banda deixando os fãs divididos fato
que até hoje se sente. Também não é para menos, pois faixas como: “Neon Knights”,
“Children of the Sea”, “Lady Evil”, a própria faixa título emblemática que só
ela descreve bem esse período conturbado e mais outras igualmente contundentes
como: a crítica ao capitalismo de “Die Young” e a sentimental “Lonely is the
Word” apontavam inúmeros caminhos, reflexões com algumas repostas óbvias.
Depois de sair
do Black Sabbath por uma questão besta, Ronnie James Dio e Vinnie Appice
formaram o Dio, a banda solo de Dio. O primeiro lançamento deixava bem claro
que o baixinho não precisava provar mais nada para ninguém, o seu passado
recente e especialmente Holy Diver com o seu heavy metal, clássico, recheado de
temas medievais apontavam os caminhos de Ronnie e sua bem aventura turma. Ouvir
a faixa de Holy Diver é como abrir um livro de fantasia e passear por ela, e as
outras tipo: “Rainbow in the Dark”, “Shame on the Night”, a sombria “Don’t Talk
to Strangers”, os riffs pesados e cadenciados de “Straight Through the Heart”
foram à representação do renascimento de Dio.
The Last in Line
é a continuação Sonora de seu antecessor, mas é totalmente original e o mesmo
se diz sobre as temáticas, pois até o Egito e o misticismo do Faraós entraram
na dança, mas o que realmente interessa é que a banda Dio estava afiada e
compôs canções de primeira linha. Não
era o fim da linha, mas sim o começo de uma estada ampla e com muitos caminhos,
significados que seriam diligentemente explorados e o resultado dessa expedição
insana apareciam em “We Rock”, “The Last in Line”, “Breathless”, na rápida “I
Speed At Night”, em “Evil Eyes” e a “Mystery” cujas melodias remetem a Rainbow
in the Dark na mesma hora e a épica “Egypt (The Chains Are On). Este álbum
junto com o seu antecessor fazem lembrar o quanto o anos 80 foram legais,
mágicos e especiais.
Em 2007, a
segunda fomração mais profilifica e igualmente fugaz se reuniu a principio para
fazer uma turnê, um disco ao vivo, mas as coisas acabaram mudando e o Black
Sabbath voltou a ativa, mas problemas jurídicos obrigaram os caras a fazer
algumas alterações e, portanto, o nome Heaven And Hell. Esse disco resgata a
mesma áurea sombria, ou seja, fez parecer que eles recomeçaram de onde haviam
parado. Os riffs e os solos de Tony Iommi estavam para dizer, confirmar porque
ele é um mestre no assunto, Dio estava cantando como nunca e Geezer e Appice
tabém em plena forma e The Devil You Know é essa amostra poderosa, que infelizmente
foi o último registro dessa formação, pois Dio falecera vitimado por um câncer
estomacal em 2010. Só que o legado resiste em “Atom and Evil”, Bible Black” e “Follow
the Tears” que resumem bem o que foi esse breve período e o que ele poderia ter
oferecido se a banda tivesse ido adiante.
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