quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Rolando na Vitrola: Scorpions - Return to Forever (2015)


Em 2010, Scorpions lançava Sting the Tail, o seu álbum de “despedida”, mas depois pensando bem e outros lançamentos depois os alemães resolveram que deviam voltar à ativa. Só que tem um negócio nessa volta será que ela realmente valeu a pena? Ou seria melhor ter encerrado de vez a cinco anos atrás? Pelo menos da minha parte uma análise sobre disco é cabível para mostrar a minha opinião sobre esta jogada de marketing, mas quanto ao sucesso ou fracasso fica para os fãs decidirem.



A sonoridade é a mesma da década de 1980, mas ela encontra-se com os elementos modernos, ou seja, os caras atualizaram o som deixando-o com as características do que rola nos dias atuais. A banda está tocando bem e isso é inegável, mas a inspiração parece que os abandou faz tempo, pois a última vez que foram realmente felizes e bem sucedidos foi em 1990, com Crazy World.

A dupla de guitarristas até fez um trabalho bom e salva o disco de ser um lixo completo, mas o álbum é ruim mesmo assim, pois as composições fazendo forte analogia ao passado são fracas e deixam muito a desejar. É uma caricatura de si mesmo esse retorno para sempre. A banda começa com "Going Out With a Bang" que mais parece um cover do ZZ Top do que uma música própria. "Rock My Car" tem resgatar o hard rock dos tempos áureos e até certo ponto consegue. "Rock n' Roll Band" nem parece uma música digna do nome, mas pelo menos o refrão salva por ser bem melódico.


"Catch Your Luck and Play" os riffs salvam-na por serem grudentos e nada mais. O retorno já começa naufragando e sinceramente não se sustenta, ou seja, é disco para fã e ponto final. ”We Built This House" essa balada é medonha parece uma colcha de retalhos retirada de várias fitas jogadas num porão frio e úmido tal qual é a música. O show de horrores não para e "House of Cards" é outra balada ruim que ilustra bem o embuste que álbum é.  

"Rollin' Home" é um pop medíocre desses que não saí das rádios, é tão sem graça e vida que merece ser ignorada. Eu deveria encerrar a análise por aqui, mas decidi ver até onde ia esse show de mediocridade desses senhores. “All for One” é a casa do senso comum e comprova que qualquer esperança é milagre. A falta de inspiração fez os caras encherem esse disco de músicas fracas e tome mais duas baladas "Eye of the Storm" e "Gypsy Life" que enterram de vez as possibilidades de se pensar nesse disco como algo aceitável, mediano pelo menos.

A falta de criatividade é gritante e, portanto, apelaram para o enchimento de linguiça com "The Scratch" a rainha do lugar comum desse álbum medonho. O mínimo que se espera dos ícones são álbuns honestos que façam valer o investimento, mas o Scorpions está bem longe disso e cada vez mais vai perdendo importância junto aos fãs no cenário, não é possível passar mais de duas décadas lançando discos ruins, o melhor seria dizer “Goodbye Forever” porque paciência tem limite para picaretagem.   

Faixas: 

01 Going Out with a Bang         
02 We Built This House        
03 Rock My Car      
04 House of Cards
05 All for One           
06 Rock 'n' Roll Band        
07 Catch Your Luck and Play    
08 Rollin' Home        
09 Hard Rockin' the Place            
10 Eye of the Storm            
11 The Scratch        
12 Gypsy Life             


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