O Opeth começou fazendo uma
combinação incomum, ou seja, death metal e progressivo misturados sem
constrangimento nenhum e a fórmula deu certo, pois os fãs foram surgindo
lançamento após lançamento, mas com o tempo o lado extremo foi ficando no
passado e o rock progressivo foi se sobre saindo, o ápice foi em 2010, com
Heritage, um álbum ótimo que mostrava uma banda não acomodada e sempre disposta
a se reinventar sem medo da opinião alheia.
Em 2014, ano passado, o Opeth reaparece com Pale Communion e coloca Mikael Akerfeldt na posição de gênio, o cara compôs, produziu e foi também o engenheiro de som desta obra. Resumido a oito faixas, o novo álbum é um exemplo da criatividade de quem tem muito a oferecer ao cenário atual que apesar do que pensam os detratores tem visto muitas coisas boas surgirem e ocuparem o seu espaço.
Em 2014, ano passado, o Opeth reaparece com Pale Communion e coloca Mikael Akerfeldt na posição de gênio, o cara compôs, produziu e foi também o engenheiro de som desta obra. Resumido a oito faixas, o novo álbum é um exemplo da criatividade de quem tem muito a oferecer ao cenário atual que apesar do que pensam os detratores tem visto muitas coisas boas surgirem e ocuparem o seu espaço.
Os suecos deram um grande passo a
frente, o progressivo dessas vez é quem comanda, o metal não desapareceu
completamente ainda em uma passagem ou outra consta, o som por conta de todas as
suas influências ficou ainda mais complexo e as melodias cada vez mais suaves e
encantadoras, poderosas em relação ao seu antecessor. As composições agora se equilibraram
e acharam o seu rumo nessa nova caminhada trilhada por Akerfeldt e seus
companheiros.
A abertura com “Eternal Rains Will
Come” remete direto aos anos 1970, as influências são nítidas do progressivo
daqueles dias, as melodias de mellotron e Hammond criaram uma estrutura
melódica intrigantemente bela colocando-a entre os destaques do disco. “Cusp of
Eternity” além de ser o single do álbum, deixa claro como a banda pôde ser direta e reta sem ter a necessidade de recorrer aos ambientes hostis criados por suas estruturas extremas,
enfim a genialidade que a envolve explica porque foi escolhida para ser a música de
trabalho.
Na sequência entra em cena “Moon
Above, Sun Below” cujo som complexo e sombrio remete a discos como Watershed, Damnation
e ao próprio Heritage. Em “Elysian Woes”, o passado também lembranças através
do folk característico do grupo com aquela típica roupagem melancólica. Em “Goblin”
temos aquela faixa que resgata a essência do rock progressivo setentista, mas tem personalidade própria e não soa como uma emulação barata do que já foi
feito, é uma faixa genial em todos os sentidos possíveis e impossíveis.
“River”
tem destaque nos solos de guitarra, que foram muito bem encaixados e casam
perfeitamente com a proposta complexa da música. “Voice of Treason” leva linhas
muito bem encaixadas de cítaras em meio a uma profusão de sons orquestrados que
aparecem apontar em direção ao oriente da mente. “Faith in Others” fecha o álbum em sua
solitária tristeza resplandecendo com sua beleza singular na mente do ouvinte catapultando-o
para o que há de mais recôndito dentro de si. A mensagem que fica é que o ano passado não teve um álbum tão emocionante, sentimental e hipnótico como Pale Communion, ou seja, o melhor de 2014 está aqui.
Faixas:
Faixas:
01. Eternal Rains Will Come (6:43)
02. Cusp of Eternity (5:35)
03. Moon Above, Sun Below (10:52)
04. Elysian Woes (4:47)
05. Goblin (4:32)
06.
River (7:30)
07.
Voice of Treason (8:00)
08. Faith in Others (7:39)
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