A imagem do
menino sírio que morreu afogado cujo corpo apareceu em uma praia grega nos
impõe uma reflexão, mas não é uma reflexão qualquer e muito menos acerca de
quem é o responsável sobre essa tragédia humana, mas sim sobre nós, ou seja,
sobre a maneira como nos portamos no mundo, nas nossas relações interpessoais e
especialmente sobre a nossa visão de mundo enquanto cidadãos do mundo.
sábado, 12 de setembro de 2015
domingo, 10 de maio de 2015
Rolando na Vitrola: Black Sabbath - Sabotage (1975)
O Black Sabbath
começou a sua carreira virando o mundo da música de cabeça para baixo, ou seja,
aquela música pesada, um blues de guitarras distorcidas cheios de riffs e solos
trovejantes acompanhados de uma instrumental que sustentava aquela anarquia sonora
que se locupletava com letras sombrias de deixar qualquer pessoa de cabelos em
pé, foi assim que aconteceu na sexta feira 13 de fevereiro, em 1970, o heavy
metal surgia para atormentar as famílias que estavam ainda acostumando-se a ver
seus filhos e filhas encantados com a sonoridade da década anterior.
quinta-feira, 7 de maio de 2015
Dilemas de um colecionador.
Toda a vez que compro discos e livro me vejo diante de um problema, a falta de espaço nas minhas prateleiras, mas mesmo assim constinuo comprando ambos, pois não consigo parar de enfeitar a minha mente.
Rolando na Vitrola: Os Mutantes - Os Mutantes (1968)
O Brasil sempre
teve uma música de primeira linha, primeiramente com a bossa nova que arrepiou corações desde
seu surgimento nos momentos finais da década de 1950 e depois a com a
tropicália na década seguinte e posterior, mas o que sempre matou foi à
disposição do brasileiro a ir buscar lá fora as suas referências musicais, mas
a culpa também tem outras fontes e por isso muita gente boa ficou mofando no
esquecimento até ser descoberto e os que ainda estão por ser descobertos ficam
lá na caverna respirando o cheiro do mofo cobertos patina, eu não estou falando
Cartola.
quarta-feira, 6 de maio de 2015
Rolando na Vitrola: Willie Dixon - I Am The Blues (1970)
I Am The Blues é
um título pretencioso para um disco, pelo menos a primeira vista, mas depois
quando você ouve o disco entende porque Willie Dixon diz que ele é blues. O gênero
tem outros tantos bluesman e caras como Muddy Waters (com quem trabalhou),
Albert King e o Robert Johnson são as referências do gênero, porém apesar de
todos eles serem gênios e possuírem álbuns clássicos nenhum deles atinge o
mesmo nível de percepção da coisa como Dixon.
sexta-feira, 3 de abril de 2015
Rolando na Vitrola: Television - Marquee Moon (1977)
´´
Quem pensa punk nasceu na Inglaterra está
redondamente enganado, pois o pai dele conhecido como Malcom McLaren fez curso
e estágio antes no EUA, e durante a sua estada na terra do tio Sam fez barulho
não apenas vendendo as suas extravagantes roupas, mas ao empresariar uma banda
de caras que se vestiam e pintavam-se como mulher, ou seja, o New York Dolls,
mas antes desses caras ainda temos que falar do ponta pé dado lá atrás com o
The Stooges e com o MC5, pois daí para adiante as coisas se desenrolaram
incrivelmente bem, pois até uma poetiza o gênero tinha, a Patty Smith, os
Ramones é quem deram o ponta pé na coisa e fizeram o negócio pegar fogo com o
debut incendiário.
Os EUA são mesmo a terra das oportunidades,
das grandes invenções não apenas tecnológicas, mas também de grandes revoluções
sonoras. A agressividade, a insanidade, a poesia e o niilismo do Velvet
Underground foram o combustível para esse famigerado gênero transgressor, o
punk rock. A cidade de New York nunca foi à mesma depois daquela explosão
atômica, o CBGB o grande templo vibrava noite à após noite com toda esta
efervescência que dominava os corações, as almas e refletiram nitidamente o
espirito daqueles dias cujo legado iria a lugares inimagináveis.
A história do Television começa quando Tom
Verlaine e Richard Hell, montaram a banda Neon Boys em 1971, os outros
integrantes como Billy Frica e Richard Lloyd chegaram depois para completar o
time e o nome também mudaria e o escolhido foi Television. Richard Hell saiu em
1974. No seu lugar entrou Fred Smith, que antes era baixista do Blondie e
depois de finalmente resolver os problemas
de formação da banda que se estabilizou com esse line-up os caras no
mesmo lançaram um single e no ano de 1976, os caras assinaram com Elektra
Records (que teve no cast Iggy Pop e MC5 que nesses dias faziam parte do
passado). Em 1976, com a produção do próprio Verlaine e o engenheiro de som
Andy Johns (que foi creditado como coprodutor) gravaram Marquee Moon em
setembro no A & R Recording, em New York City.
Só que ao contrário do que o Ramones, o Dead
Boys faziam os rapazes do Television investiam em uma sonoridade mas complexa
cuja elaboração os aproximava as influências de
bandas como a de Neil Young e os seus Crazy Horses, The Doors e por ai
vai. Apesar dessa influência rock os caras tinham suas influências do jazz, o
som estilo jam session. O som homeopático, hipnótico e eclético dos caras
colocava-os em outra dimensão sonora, pois aquele som refinado e sentimental,
poético a sua maneira era o portal para outras dimensões ainda não exploradas.
O disco chegou às prateleiras nova-iorquinas
em fevereiro de 1977 e no Reino Unido em apenas no quarto dia de março, a mídia
especializada caiu de amores pelo disco, o público idem. Também não era para
menos, pois quando você deita a agulha sobre a bolacha e logo na abertura tem
“See no Evil” um tema mais do que sugestivo e cheio de fantasias e
possibilidades ilimitadas, um rock and roll sem firulas, narrativo, de uma beleza
singular. “Venus” é outro grande momento, pois além das referências de Verlaine
as suas experiências psicodélicas (LSD) e também “cai nos braços de Venus de
Mileto”, uma torrente de emoções em constante mudança, alterações de
pensamento.
Em “Friction” os solos de Verlaine transitam
entre a sobriedade e a insanidade, mas
passam a maior parte tempo na segunda trilhando um caminho sem volta, ou seja,
uma passagem só de ida para os recônditos da mente. Fechando o lado A, temos
talvez a música mais poderosa do disco, a épica, Marquee Moon onde o jogo de
guitarras gêmeas condensou bem suas influências e pôs para fora o som
avant-garde jazzistico e junto a esse pano de fundo existe ai as paisagens
urbanas noturnas muito bem narradas de forma poética. Apesar das letras
tratarem de assuntos urbanos, ou seja, de lendas Marquee Moon não é um álbum
conceitual, mas é um retrato fiel do cotidiano.
O lado B abre com “Friction” que além de ter
um clima hipnótico tem na linha de frente belos solos de Verlaine, enfim um
mimo para ser repetido até a exaustão no silêncio da noite no seu quarto.
“Guiding Light” é a balada, ou seja, todo o disco de rock tem a sua reserva
romântica onde o artista apresenta a sua versatilidade e aqui Verlaine e seu
companheiro Lloyd fazem exatamente isso, mas esbanjam um talento único difícil
de ver por ai. “Prove It” é perfeita, ou
seja, imagética e sintetiza toda a paisagem narrada por Verlaine e sua turma.
“Tom Curtain” e sua instrumental melancólica e os vocais lúgubres resumem a
obra neste grande final mais do que apropriado.
Apesar das críticas favoráveis na sua própria
terra Marquee Moon não foi comercialmente bem sucedido, pois não registrou
vendas superiores a oitenta mil cópias e, portanto, nem entrou nas paradas da
Billboard 200, o sucesso do disco aconteceu no Reino Unido onde se firmou na
28° posição no UK Album Charts e por ali as vendas foram alavancadas pelo
artigo de duas páginas escrito pelo jornalista Nick Kent da NME, que os colocou
na capa da revista e também chamou a assessoria de imprensa da Elektra Records,
que por sua vez apoiou a banda a trabalhar no sucesso adquirido no Reino Unido.
A capa do álbum é de autoria de Robert
Mapplethorpe, que dois anos atrás havia feito a capa de Horses de Patty Smith.
Marquee Moon marcou o fim de uma fase dourado do CBGB, porém o legado
sobreviveu e foi a base, ou seja, a pedra angular para o rock alternativo
praticado por bandas como o Pixies e muitas outras, e além disso o álbum
figurou em várias listas dos melhores de muitas publicações como a Mojo e a Q
Magazine que o elencou na sua lista de 200 melhores álbuns do Punk, a revista
Rolling Stone por sua vez o colocou na sua lista de 500 melhores discos de
todos os tempos. Uma coisa é certa, pois apesar de ser clássico desde seu
nascimento e depois do fim, em 1979, é que o Television e os seus integrantes
fizeram a sua obra definitiva, pois no segundo álbum Adventure de 1978 e mas
suas carreiras não chegaram perto se quer do brilho e da magia de Marquee Moon.
Outra coisa certa é que este álbum agrada em cheio qualquer fã de música
independente do gênero.
Lista de músicas:
A1 See no Evil A
A2 Venus
A3 Friction
A4 Marquee Moon
B1 Elevation
B2 Guiding Light
(autoria de Verlaine e Lloyd)
B3 Prove It
B4 Tom Curtain
quarta-feira, 25 de março de 2015
Rolando na Vitrola: Dust - Hard Attack (1972)
Quando se fala
no rock setentista é quase consenso geral a trindade composta por Black
Sabbath, Led Zeppelin e Deep Purple são os melhores entre outros, mas pode até
ser verdade esse fato. Só que os anos de 1970 não ficaram adstritos à apenas
essas bandas existiram várias outras de nível compatível. Nos EUA, apesar da
invasão britânica, havia um celeiro forte e promissor de outro sem número de
bandas com qualidade de som para estar no topo. Só muitas dessas bandas não em
alguns casos não passaram do primeiro ou do segundo álbum ou raramente ultrapassavam
essa marca e acabaram esquecidas e só foram redescobertas recentemente, ou
seja, depois de quarenta anos.
domingo, 15 de março de 2015
Livros: 1001 Discos que você tem ouvir antes de morrer
Poderia ser a
música uma ciência, uma arte de curar e até mesmo de terapia para a alma? Eu
não sei, mas entendo que a música nas mais variadas formas é uma expressão dos
sentimentos, da vida e dos tormentos que vivemos que na vida moderna que não
para de nos testar, e a qualquer momento sempre aparece lá no horizonte um novo
desafio. Por falar em desafio também temos aqui uma atividade cerebral ao ouvir
música e juntando os dois pensamos, refletimos sobre "1001 discos para
ouvir antes de morrer" podemos entender a música como a quebra das regras
de conduta, o salvo conduto para experimentações diversas, ilimitadas neste
campo. Que tal experimenta-las extrapolando todos os limites sem freios, culpas
e autoflagelos porque fugiu dos seus padrões? Então, e ai vamos transgredir as
regras?
Canções de Protesto: Neil Young & Crosby Stills and Nash - Ohio (1971)
A década de 1960
e 1970 foram terríveis para os jovens norte americanos, pois como os EUA
lançaram-se ainda na década de 1950 (depois da guerra da Coréia), numa
aventura, ou seja, uma cruzada contra o comunismo na Ásia também, mas só que a
bola da vez era o Vietnã, pois devemos nos lembrar de que o mundo nessa altura
vivia a Guerra Fria (Capitalistas vs. Comunistas), de um lado estava a hoje
extinta União Soviética em conjunto com a China e a Coréia do Norte apoiando o
Vietnã do Norte e do outro lado do ringue estavam os EUA apoiados por outros
países como: Austrália, Coréia do Sul e Nova Zelândia e assim com as suas
alianças definidas partiram para a guerra.
Capas Históricas: Black Sabbath - Paranoid (1970)
Na segunda
metade do ano de 1970 o mundo testemunhou o lançamento do segundo álbum do
Black Sabbath (que a exemplo do primeiro também teve uma data para lá de
"especial", pois veio às prateleiras das lojas justamente no dia em
que morreu o guitarrista Jimi Hendrix), Paranoid na verdade é mais do que um
simples disco é, um manifesto antibélico é, uma reação contra os ideais da
geração paz & amor, era uma pedrada na cara da sociedade, (cuja mensagem
era bem clara numa época em que o mundo encontrava-se bipolarizado, ou seja,
dividido entre capitalistas e comunistas que buscavam ampliar o seu poder de
influência nos países que saiam de sangrentas batalhas de descolonização), e
observando esses detalhes é por isso que não é difícil entender porque Ozzy
Osbourne declarou ser contra a paz e o amor, pois ele disse era só olhar o
mundo à volta e ver que ele era uma bosta, ou seja, cheio de guerras (guerra
fria, descolonização, repressão da juventude e a corrupção que sempre existiu incluindo
o primeiro mundo para a tristeza daqueles que pensam que este defeito de
caráter é exclusivo dos países na época chamados de terceiro mundo).
Rolando na Vitrola: Beck Bogert & Appice - Beck Bogert & Appice (1973)
Em meados da
década de 1960, o guitarrista Jeff Beck resolve trabalhar com o baterista
Carmine Appice e também com o baixista Tim Bogert, e durante 1967 acontecem
algumas reuniões, mas as sessões de ensaio foram rolar somente em 1969, Jeff
Beck, nessa altura já estava estabelecido em sua carreira e já tinha lançado o
álbum Truth de 1968, com Rod Stewart nos vocais, e estava com Beck-Ola na
agulha que seria lançado em 1969, ficou extremamente contente com a dupla não perdeu
tempo para confirma-los em sua banda.
Cinco discos para conhecer Ronnie James Dio.
Poucos tiveram
uma carreira tão longa e chegaram tão longe e viram de perto a formação do rock
e os seus subgêneros e tornaram-se ídolos de sua geração e de todas tornando-se
uma referência, um mito. Esse privilégio é de poucos e Ronald James Padovana
conhecido Ronnie James Dio foi dos poucos que o conquistou ao longo de décadas
caminhando como um verdadeiro gigante sobre a terra com a sua potente e
ensurdecedora voz, um cantor, um mágico, um hipnotizador dono de um talento
singular que expressou através de sua música o que o rock é e o que poderia ser
sempre. Passagens brilhantes pelo Rainbow, Black Sabbath e pela sua banda solo
deixando um legado registrado em álbuns clássicos que venderam milhões de
cópias ao redor do mundo, e a aqui você que ainda não o conhece pode conferir
cinco indicações para ouvir o trabalho desse mestre.
Rolando na Vitrola: Rainbow - Rising (1976)
Em 1975, Ritchie
Blackmore já tinha na bagagem junto com David Coverdale e Glenn Hughes, os novos integrantes que deram
vida a terceira encarnação do Deep Purple conhecida como MKIII, a segunda mais
importante por ter registrado até ali álbuns como: Burn (1974) responsável pelo
renascimento do grupo após a debandada de Ian Gillan e Roger Glover, pois haviam muitas especulações, dúvidas se haveria sobrevida por causa das ausências do baixista e principamente do vocalista (não sendo a toa apelidado de Silver Voice), e
Stormbringer (1974) um álbum mal compreendido, pois os novos integrantes
radicalizaram as suas influências soul/funk (deixando para de lado o passado recente de grande álbuns de hard rock) e através dele delinearam os novos
rumos do grupo e de suas carreiras solo, no futuro. O guitarrista vendo os novos rumos que o grupo tomava não os achou
nada legal e, portanto, a insatisfação o fez botar a sua guitarra na sacola e ir viajar, ou seja, na verdade ele foi
formar uma das maiores encarnações já vistas e ouvidas na história do rock, o Rainbow.
Entre o passado, o presente e o futuro, a espera de dias melhores.
Quando eu era
mais jovem, ou seja, tinha os meus 15 anos já contava com um número
considerável de discos, isso aconteceu em 1990 e o meu sonho era chegar aos 30,
40 anos rodeado por alguns milhares deles. Comprar um disco era uma experiência
bacana, nas lojas você entrava num universo a parte onde todas as diferenças se
encontravam e trocavam assunto referente à música. Quando ia para casa com as
sacolas abarrotadas de discos e os colocava um a um para ouvi-los sempre
procurava extrair os hits e depois é que me interessava em ouvi-lo inteiro para
saber se realmente iria gostar daquela coleção de canções inéditas, mas
geralmente passava tanto tempo com esses discos e era inevitável não se
apaixonar por elas todas.
sábado, 14 de março de 2015
Dez discos para você conhecer a música de Bob Dylan.
Poucos artistas
possuem uma discografia tão extensa e tão cultuada e idolatrada, o fato é que
anos de 1960 e 1970 foi quando saíram os melhores e mais emblemáticos discos da
carreira de Dylan. Um poeta místico engajado na luta pelos direitos civis, ou
seja, ele militou e cantou sobre e a favor do fim da segregação racial. Música
folk revolucionária para protestar que se funde a outros gêneros como rock e
country e se eletrifica e eletrocuta os ouvidos, as mentes e os corações. Dos
anos de 1980 até atualidade Bob Dylan se manteve lançando discos fracos, bons e
clássicos, porém sempre relevante e com energia de sobra. O lance desse post é
indicar dez discos para você correr atrás o mais depressa possível, para
conferi-los nota por nota, letra por letra e se possível fazer a loucura de adquiri-los
todos de uma vez só.
segunda-feira, 9 de março de 2015
A Volta do Vinil: de Falácia a Realidade.
Há quem diga que
a volta do vinil seja uma falácia, eu mesmo já tive essa opinião, mas diante
dos acontecimentos nos últimos cinco anos estou começando a mudar de ideia, mas
por quê? Isso aconteceu justamente por causa das feiras itinerantes que cortam
o país de norte a sul e também por causa de outras formas de aquisição, pois as
grandes redes livrarias estão vendendo os importados e os nacionais e lojas
especializadas no formato vem surgindo em vários lugares do Brasil.
domingo, 8 de março de 2015
Picaretagens no Rock: O dia em que o Deep Purple virou o "New" Deep Purple.
Falcatruas
existem em vários lugares e até no rock elas existem, mas não se restringem a
discos ruins, mudanças de formação, ou seja, elas são um detalhe em comparação ao
aconteceu com o Deep Purple em 1980. Perto daquela picaretagem discos ruins ou
mudanças de formação ou mesmo na orientação musical do grupo podem ser
consideradas brincadeira de criança ingênua. São poucos os fãs que sabem dessa
história que fez o integrantes do Deep Purple saírem de suas casas e trabalhos
não para retornar a ativa, mas sim para deter uma falcatrua que seria muito
prejudicial a uma entidade do rock, que sempre primou pela honestidade junta a
seus fãs.
quarta-feira, 4 de março de 2015
Rolando na Vitrola: King Crimson - In The Court Of The King Crimson (1969)
Em 1969 começava
o fim de uma era e começa-se o preparo de outra tão brilhante quanto essa. Os
heróis começavam a morrer, primeiro Brian Jones no ano seguinte a perda seria
esmagadora, Janis Joplin e Hendrix empacotaram e a seguir eles foi Morrison,
que morreu em sua banheira, em Paris. Outros começariam a surgir antes dos anos
de 1960 cerrarem suas cortinas, o rock progressivo estava em processo de
formação, o gênero se caracteriza por ter faixas longas, mas mais do que isso
as influências vinham da música clássica, do jazz e outros gêneros de
vanguarda. Mais uma vez a Inglaterra, a Meca do rock, iria capitanear essa
invasão mundial em curso.
terça-feira, 3 de março de 2015
Rolando na Vitrola: Eric Clapton - Eric Clapton (1970)
Após uma
brilhante passagem pelo The Yardbyrds, o guitarrista Eric Clapton mergulha de
cabeça no blues e vai tocar na banda de John Mayall onde deixa registrado o
álbum Blues Breakers John Mayall with Eric Clapton (1966), que faz justiça a
sua fama e ao apelido "Deus" e dessa maneira estabelecera-se como um
músico de blues e sua passagem pela banda de John Mayall foi curta, pois o
guitar-hero abandonou-a pouco tempo depois do lançamento do álbum, e foi formar
um dos maiores e mais influentes power trios da história do rock, onde a sua
fama e prestígio subiriam a níveis inimagináveis de adoração e devoção por
parte dos seus adeptos.
segunda-feira, 2 de março de 2015
Rolando na Vitrola: Judas Priest - Point of Entry (1981)
Em 1980, o Judas Priest estourou, arrebentou e
derrubou barreiras com British Steel e através dele mostrava a força do heavy
metal britânico para o mundo, o som estava mais manso em relação à década
anterior cujos álbuns Sad Wings of Destiny (1976), Sin After Sin (1977),
Stained Class (1978), Hell Bent For Leather (1978) transbordavam velocidade,
agressividade, peso e melodias que viraram de ponta cabeça a rapaziada. Os legítimos
herdeiros do Black Sabbath. Os caras pegaram o gênero criado por seus
conterrâneos e o levaram para outro nível e a partir dali criaram as bases para
tudo o que se viu e ouviu nos anos de 1980.
sábado, 28 de fevereiro de 2015
Rolando na Vitrola: Riot - Narita (1979)
O Riot foi formado em 1975, pelo
guitarrista Mar Reale e pelo baterista Peter Bitelli e para completar a banda
convidaram Phil Feit para tocar o baixo, para cantar Guy Speranza. O primeiro
trabalho de estúdio do quarteto foi uma fita demo de quatro faixas cuja ideia era coloca-las
em uma coletânea com outras bandas desconhecidas, mas como o projeto não
decolou, eles adicionaram Steve Costelo nos teclados.
Rolando na Vitrola - Meat Loaf - Bat Out of Hell (1977)
Esse é daqueles
álbuns históricos, é um começo bombástico e pode tranquilamente estar em
qualquer lista dos melhores do gênero. Na década de 1970, o rock fez de tudo e
andou por lugares inimagináveis, ou seja, o gênero foi além da imaginação e Bat
Out of Hell é um desses frutos cuja degustação não era pecado e muito menos foi
salvo conduto para expulsar seus criadores do paraíso muito pelo contrário,
pois o rock na sua essência é singular por perturbar, transgredir qualquer
barreira que o senso comum tente impor e por isso acaba chocando por ser tão
contestador em todas as instâncias da vida em sociedade.
Rolando na Vitrola: Opeth - Pale Communion (2014)
O Opeth começou fazendo uma
combinação incomum, ou seja, death metal e progressivo misturados sem
constrangimento nenhum e a fórmula deu certo, pois os fãs foram surgindo
lançamento após lançamento, mas com o tempo o lado extremo foi ficando no
passado e o rock progressivo foi se sobre saindo, o ápice foi em 2010, com
Heritage, um álbum ótimo que mostrava uma banda não acomodada e sempre disposta
a se reinventar sem medo da opinião alheia.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
Rolando na Vitrola: Scorpions - Return to Forever (2015)
Em
2010, Scorpions lançava Sting the Tail, o seu álbum de “despedida”, mas depois
pensando bem e outros lançamentos depois os alemães resolveram que deviam
voltar à ativa. Só que tem um negócio nessa volta será que ela realmente valeu
a pena? Ou seria melhor ter encerrado de vez a cinco anos atrás? Pelo menos da
minha parte uma análise sobre disco é cabível para mostrar a minha opinião sobre
esta jogada de marketing, mas quanto ao sucesso ou fracasso fica para os fãs
decidirem.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
Rolando na Vitrola: Erasmo Carlos - Carlos, Erasmo... (1971)
Começava a
década de 1970, a Jovem Guarda já era coisa do passado e, portanto era
necessário seguir em frente e esse passo em frente obrigava a mudar, ou seja,
era necessário “recomeçar”, reinventar-se visando deixar o passado para trás.
Erasmo Carlos entra no ano de 1971 com um álbum, o sétimo de sua carreira, um
dos mais importantes dela. Os temas adolescentes ficaram para trás lá no álbum
de lembranças, pois agora o lance era mais sofisticado e eclético também, pois
o figura fez algo inédito. Gravou uma verdadeira obra prima da música popular
brasileira misturando rock, MPB e o soul, cujos dois últimos foram a mola propulsora da
bolacha.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
Rolando na Vitola: Picture - Diamond Dreamer/Picture I & Eternal Dark/ Heavy Metal Ears
Nos anos de
1980, a Inglaterra, ainda estava comandando o rock, pois o que de melhor surgiu
na década anterior surgiu por lá, porém outro movimento surgia por lá, ou seja,
era a revitalização do heavy metal que ficou conhecido por NWOBHM. Esse
movimento foi um dos períodos mais marcantes da música cuja explosão foi ouvida
além das terras britânicas, ou seja, outros países também foram influenciados e
também revelaram suas bandas. Além do que se conhece, o tradicional, países
como a Alemanha, Bélgica, Espanha e a Holanda também tiveram seus grandes nomes
que marcaram território além de suas pátrias.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
Rolando na Vitrola: Os Mutantes - Boxset (2014)
Quando anunciaram na imprensa “especializada”
que seria lançado um box dos Mutantes com todos os álbuns clássicos e mais um
outro só de “raridades”, eu fiquei ouriçado e queria ter esse material de
qualquer jeito já que em 1992, fiquei
praticamente de fora dos relançamentos só com o primeiro disco e em 2006, o
prêmio de consolação foi o Foi Tudo Feito Pelo Sol (1974). Só que quando vi o
preço desse relançamento pensei: “vou outra ficar de fora, mas dessa nem prêmio
de consolação terei”. Só que como sou frequentador assíduo da Livraria Saraiva,
compro muitos livros tanto para estudar como para lazer, me esqueci do cartão
deles onde é possível acumular pontos e ter descontos em qualquer seção e
quando solicitei a um atendente para conferir os pontos quase cai para trás, pois
foi possível fazer aquisição, mas pagando uma diferença muito pequena.
domingo, 8 de fevereiro de 2015
Rolando na Vitrola: Al Green - Greatest Hits (1975)
Eu nunca fui muito fã de comprar coletâneas,
só para ter todos os discos dos meus artistas preferidos ou para conhecer
outros desconhecidos. Sempre achei esse tipo de álbum um verdadeiro embuste
porque geralmente trás os "hits" e o resto são canções apenas para justificar a
existência desses caça níqueis, um horror por isso sempre levam sempre notas
baixas dos críticos. Só que às vezes alguma ou outra se sobressai trazendo o
melhor do artista, ou seja, formam aquele resumo perfeito daquele momento
clássico em que o artista se encontra.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
Rolando na Vitrola: Jorge Ben - A Tábua de Esmeralda (1974)
Anos de 1970, o Brasil passava por
sua fase mais sombria com a Ditadura Militar e o seu terrorismo como política
de Estado para calar a boca da sociedade, porém o país tupiniquim vivia forte efervescência
cultural e muita coisa bacana surgiu e na música aqui se falava muito alto com
a Bossa nova, a Tropicália, o Samba e a Jovem Guarda.
Rolando na Vitrola: Patti Smith - Horses (1975)
O ano de 1975 foi um ano de grandes
lançamentos como: Sabotage, Physical Graffiti, Come Taste the Band entre muitos
outros que foram chegando durante o decorrer desse tempo de clássicos. Um
desses artistas é a Patti Smith, a sua
estreia naquele ano é um destes grandes álbuns que ilustram um tempo memorável
e não ficou devendo nada aos seus contemporâneos.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
Rolando na Vitrola: The Velvet Underground - White Light/White Heat (1968)
O
primeiro álbum do Velvet Underground é de fato um ótimo álbum, ou melhor, um
clássico. Só que comercialmente falando as coisas não foram bem para o grupo,
que naquela época concorria com vários nomes que vinham no caminho oposto ao
deles. Os temas abordados estavam navegando em outras praias, as experiências
eram outras, portanto, refletia na música e causava espanto num público desavisado
que ainda estava mergulhado no falacioso sonho hippie.
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