domingo, 10 de agosto de 2014

Na estrada, com Chris Simunek, em busca do paraíso perdido.


A contracultura nunca deixou de existir desde quando apareceu para atormentar os caretas. Jack Kerouac e o seu On the Road fizeram a cabeça de muitas gerações e até hoje atormenta, desafia a rapaziada a encarar a vida na estrada, a vida da maneira mais louca e devassa que pode existir. O tempo passa as coisas mudam, mas aquele estilo de vida que todos buscam está lá esperando por você, por mim e por quem mais quiser.




Nos EUA, um cara chamado Chris Simunek, editor da bíblia dos maconheiros, a High Times, conta para nós uma porção de histórias que ele viveu nas suas andanças mundo afora. Sabe é disso que estou falando, ser pago para curtir, e depois escrever um livro, e deixar todo mundo sedento de aventura, de sair do lugar comum de suas vidas que muitas vezes colecionam histórias tristes e aqui está um ótimo passa tempo. 

No começo da aventura, o cara começa a falando sobre os caminhos, os percalços que trilhou desde as aulas de aula quando era professor do primário até a sua chegada bombástica até a High Times. Até ai tudo é descrito com uma ótima dose de bom humor, mas também com uma ótima dose de sarcasmo. Do terceiro capítulo em diante é que a viagem começa e nada melhor do que falar do próprio trabalho, ou seja, as visitas aos campos de plantação de maconha e os seus donos desconfiados e com razão. 

Nosso anti-herói ainda teve a manha de se inscrever para participar dos Maconheiros Anônimos para saber como funcionava o lado daqueles que tentavam abandonar o “vício” da erva mágica. O resto que se desenrola é um amontoado de aventuras muito loucas, mas também se atirou de cabeça numas paradas loucas como fumar um sapo venenoso. Raves com a cabeça cheia de ecstasy acompanhado de um punhado de garotas (adolescentes).

Já que o repórter escreve para uma revista cujo tema é erva, a Jamaica não poderia ficar de fora dessa festa muito louca. Até Lemmy Kilminster entra na dança, pois juntos tomaram um baita de um saco de anfetaminas. Só por essas o livro já se torna indispensável, as outras você compra o seu ou pega emprestado do seu amigo mais próximo e confere linha por linha. O texto desta obra é ácido, venenoso, o único efeito é aquele bem conhecido.  

Quando você estiver lendo-o escolha uma trilha sonora, mas se você for aficionado em rock faça como o autor e pegue os discos de Black Sabbath, The Who, Jimi Hendrix, Led Zeppelin, Allman Brothers Band, Van Halen, Blue Öyster Cult, Iron Butterfly e mais uma galera de gigantes da música, mas não se esqueça de acender o seu e o resto é só com você, boa leitura. 




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