O que posso dizer sobre
música? Às vezes paro o que estou fazendo para refleti-la e geralmente chego à
conclusão que ela me anima, me deixa contente porque me faz lembrar
principalmente os ótimos momentos do meu passado e marca presença no presente e
no futuro será a minha grande companheira de sempre. Com música a vida fica
mais calma, tranquila e fácil de viver, pois ela conforta nos momentos ruins e
estimula nos dias bons, ensolarados, frios e chuvosos também.
Sempre fui vidrado em
música, eu não sei como, quando isso aconteceu. Desde a mais tenra idade até os
dias atuais estou cercado por ela e, portanto, não sei ficar sem ela devido ao
papel que ela assumiu em definitivo em minha existência. Na minha casa nunca
tive grande incentivo de meus pais, mas eles entendiam como lance cultural
mesmo que não gostassem do gênero que sempre fez a minha cabeça; o rock, o
metal e por ai vai!
No começo da adolescência tive
um primo mais velho morando em casa, no final dos anos 80, e o cara curtia Pink
Floyd, Judas Priest e mais uma galera de bandas pesadas. Eu assim que escutei o
Ram it Down, do Judas Priest fui imediatamente abduzido e o The Wall, do Pink
Floyd teve o mesmo efeito devastador. Para os meus pais e para a vizinhança era
um tortura quando esses discos giravam na vitrola, mas paciência gosto é gosto.
O primeiro aparelho de som
chegou no começo da década de 1990, era um três em um com excelentes alto
falantes e tinha um som espetacular. Os discos que transitavam na minha estante
eram rock, reggae, metal (vários subgêneros), mpb, mas o rock sessentista e setentista
sempre foram o gênero dominante. A vida adulta em relação à música não mudou e
continuei ouvindo o que sempre quis sem a interferência de ninguém.
Quando me casei pela
primeira vez e a minha filha nasceu, a música ainda estava presente, pois no
dia que ela nasceu, eu estava ouvindo o Firefly, do Uriah Heep. Ela cresceu num
ambiente que a época era dominado por heavy metal, hard rock e muito thrash
metal. Quando a Samara fez dois anos dizia pai: “Toca Motoedi (Motörhead)” e
ainda queria colocar a minha camiseta e fazia cara feia. Hoje, a Samara já conta
com 10 anos de idade e é eclética gosta de heavy metal, pop e mais alguma
coisa, ou seja, é uma menina inteligente e com tremendo bom gosto.
Quando ela vem para cá no
período de férias escolares, eu costumo leva-la para comigo as compras de
discos e sempre voltamos de sacolas cheias com os discos que eu gosto e com os
que ela gosta e ficamos ouvindo todos. As brincadeiras tem trilha sonora,
quando é com as bonecas Monster High entra em cena Black Sabbath, Judas Priest,
Motörhead, Overkill, Slayer, Iron Maiden, ou seja, a trilha sonora tem que
acompanhar o tema, mas quando o assunto é Barbie ai é música pop e um pouco de
hard rock, rock alternativo, muito jazz e um bom bocado de blues.
É muito legal ouvir os
comentários dela sobre os discos que colocamos para ouvir juntos. Sempre tem
umas pérolas interessantes que você escuta das crianças e justamente por isso a
música é importante, fundamental na minha vida e percebo que aos poucos ela vai
preenchendo um espaço importante na vida da minha filha também.
A Samara está seguindo os
mesmos caminhos que eu e gosta das mesmas coisas, só que no caso dela, ela teve
a minha influência direta o que eu não tive. Hoje continuo ouvindo jazz, blues,
soul, funk (não é o carioca), rock, hard rock e heavy metal (subgêneros também).
O pop entra em pequenas doses, enfim o que interessa para mim é ouvir o que
agrada os meus ouvidos e me faz sentir bem.
O propósito da música é
fazer você sentir-se bem ou viajar por estradas sinuosas que te deixam de cara
com paisagens que vocês jamais se esquecerá. Música é um aprendizado histórico,
filosófico, antropológico, sociológico e psicológico sempre dispostos a
dialogar com o seu íntimo. A trilha sonora da minha daria um box com mais de
cem álbuns que contariam toda a minha história, mas como a vida continua para
continuarei procurando, caçando novas sensações, acumulando desejos e realizando-os
a cada mês.
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