Hunter Thompson é um dos
ícones da contracultura, da busca pelo sonho americano. E como poucos retratou
essa busca, mas outro fato deve ser mencionado, o principal deles. Nos anos de
1960, o cara fundou um tipo de jornalismo cuja premissa principal é viver no
meio do entrevistado, ou seja, ser como ele e para isso é preciso estar lá onde
os fatos acontecem e isso chama-se jornalismo gonzo e o batismo de fogo do
anti-herói foi a publicação de sua obra máxima os Hell’s Angels.
Esses motoqueiros barbudos
no estilo barba negra, mas sem as pernas de pau, montados em suas possantes Harley Davidson cruzaram os
EUA de ponta a ponta mostrando um novo estilo de vida. Foras da lei aos olhos
de muitos e iluminados aos de outros, a verdade é que muito do que se dizia
sobre estes caras era um tremendo exagero.
Eles homens eram sim encrenqueiros,
briguentos e realmente cometiam crimes, mas estavam longe de ser um real
problema para a sociedade norte americana, porém aos olhos dos tabloides e
periódicos sensacionalistas que se aproveitam da ignorância alheia para criar os mitos
ou arruinar imagens, eles eram a solução do momento para engordar ainda mais os
cofres e por tabela se tornaram a sensação do momento, os anti-heróis.
Neste livro pode-se sacar
sem esforço nenhum o que ia dentro da cabeças destes caras de baixa instrução,
racistas e problemáticos que só queriam saber de andar em duas rodas altamente
chapados, que caíra nas garras e nas graças dos oportunistas de plantão. É uma
ótima obra para se ler e entender quem de fato eram esses caras no cotidiano
que “ameaçavam” a ordem e a lei na terra do famigerado capitalista Tio Sam.
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