quarta-feira, 25 de março de 2015

Rolando na Vitrola: Dust - Hard Attack (1972)


Quando se fala no rock setentista é quase consenso geral a trindade composta por Black Sabbath, Led Zeppelin e Deep Purple são os melhores entre outros, mas pode até ser verdade esse fato. Só que os anos de 1970 não ficaram adstritos à apenas essas bandas existiram várias outras de nível compatível. Nos EUA, apesar da invasão britânica, havia um celeiro forte e promissor de outro sem número de bandas com qualidade de som para estar no topo. Só muitas dessas bandas não em alguns casos não passaram do primeiro ou do segundo álbum ou raramente ultrapassavam essa marca e acabaram esquecidas e só foram redescobertas recentemente, ou seja, depois de quarenta anos.

domingo, 15 de março de 2015

Livros: 1001 Discos que você tem ouvir antes de morrer


Poderia ser a música uma ciência, uma arte de curar e até mesmo de terapia para a alma? Eu não sei, mas entendo que a música nas mais variadas formas é uma expressão dos sentimentos, da vida e dos tormentos que vivemos que na vida moderna que não para de nos testar, e a qualquer momento sempre aparece lá no horizonte um novo desafio. Por falar em desafio também temos aqui uma atividade cerebral ao ouvir música e juntando os dois pensamos, refletimos sobre "1001 discos para ouvir antes de morrer" podemos entender a música como a quebra das regras de conduta, o salvo conduto para experimentações diversas, ilimitadas neste campo. Que tal experimenta-las extrapolando todos os limites sem freios, culpas e autoflagelos porque fugiu dos seus padrões? Então, e ai vamos transgredir as regras?

Canções de Protesto: Neil Young & Crosby Stills and Nash - Ohio (1971)


A década de 1960 e 1970 foram terríveis para os jovens norte americanos, pois como os EUA lançaram-se ainda na década de 1950 (depois da guerra da Coréia), numa aventura, ou seja, uma cruzada contra o comunismo na Ásia também, mas só que a bola da vez era o Vietnã, pois devemos nos lembrar de que o mundo nessa altura vivia a Guerra Fria (Capitalistas vs. Comunistas), de um lado estava a hoje extinta União Soviética em conjunto com a China e a Coréia do Norte apoiando o Vietnã do Norte e do outro lado do ringue estavam os EUA apoiados por outros países como: Austrália, Coréia do Sul e Nova Zelândia e assim com as suas alianças definidas partiram para a guerra.

Capas Históricas: Black Sabbath - Paranoid (1970)



Na segunda metade do ano de 1970 o mundo testemunhou o lançamento do segundo álbum do Black Sabbath (que a exemplo do primeiro também teve uma data para lá de "especial", pois veio às prateleiras das lojas justamente no dia em que morreu o guitarrista Jimi Hendrix), Paranoid na verdade é mais do que um simples disco é, um manifesto antibélico é, uma reação contra os ideais da geração paz & amor, era uma pedrada na cara da sociedade, (cuja mensagem era bem clara numa época em que o mundo encontrava-se bipolarizado, ou seja, dividido entre capitalistas e comunistas que buscavam ampliar o seu poder de influência nos países que saiam de sangrentas batalhas de descolonização), e observando esses detalhes é por isso que não é difícil entender porque Ozzy Osbourne declarou ser contra a paz e o amor, pois ele disse era só olhar o mundo à volta e ver que ele era uma bosta, ou seja, cheio de guerras (guerra fria, descolonização, repressão da juventude e a corrupção que sempre existiu incluindo o primeiro mundo para a tristeza daqueles que pensam que este defeito de caráter é exclusivo dos países na época chamados de terceiro mundo).

Rolando na Vitrola: Beck Bogert & Appice - Beck Bogert & Appice (1973)


Em meados da década de 1960, o guitarrista Jeff Beck resolve trabalhar com o baterista Carmine Appice e também com o baixista Tim Bogert, e durante 1967 acontecem algumas reuniões, mas as sessões de ensaio foram rolar somente em 1969, Jeff Beck, nessa altura já estava estabelecido em sua carreira e já tinha lançado o álbum Truth de 1968, com Rod Stewart nos vocais, e estava com Beck-Ola na agulha que seria lançado em 1969, ficou extremamente contente com a dupla não perdeu tempo para confirma-los em sua banda. 

Cinco discos para conhecer Ronnie James Dio.


Poucos tiveram uma carreira tão longa e chegaram tão longe e viram de perto a formação do rock e os seus subgêneros e tornaram-se ídolos de sua geração e de todas tornando-se uma referência, um mito. Esse privilégio é de poucos e Ronald James Padovana conhecido Ronnie James Dio foi dos poucos que o conquistou ao longo de décadas caminhando como um verdadeiro gigante sobre a terra com a sua potente e ensurdecedora voz, um cantor, um mágico, um hipnotizador dono de um talento singular que expressou através de sua música o que o rock é e o que poderia ser sempre. Passagens brilhantes pelo Rainbow, Black Sabbath e pela sua banda solo deixando um legado registrado em álbuns clássicos que venderam milhões de cópias ao redor do mundo, e a aqui você que ainda não o conhece pode conferir cinco indicações para ouvir o trabalho desse mestre.  

Rolando na Vitrola: Rainbow - Rising (1976)


Em 1975, Ritchie Blackmore já tinha na bagagem junto com David Coverdale e  Glenn Hughes, os novos integrantes que deram vida a terceira encarnação do Deep Purple conhecida como MKIII, a segunda mais importante por ter registrado até ali álbuns como: Burn (1974) responsável pelo renascimento do grupo após a debandada de Ian Gillan e Roger Glover, pois haviam muitas especulações, dúvidas se haveria sobrevida por causa das ausências do baixista e principamente do vocalista (não sendo a toa apelidado de Silver Voice), e Stormbringer (1974) um álbum mal compreendido, pois os novos integrantes radicalizaram as suas influências soul/funk (deixando para de lado o passado recente de grande álbuns de hard rock) e através dele delinearam os novos rumos do grupo e de suas carreiras solo, no futuro. O guitarrista vendo os novos rumos que o grupo tomava não os achou nada legal e, portanto, a insatisfação o fez botar a sua guitarra na sacola e ir viajar, ou seja, na verdade ele foi formar uma das maiores encarnações já vistas  e ouvidas na história do rock, o Rainbow.

Entre o passado, o presente e o futuro, a espera de dias melhores.


Quando eu era mais jovem, ou seja, tinha os meus 15 anos já contava com um número considerável de discos, isso aconteceu em 1990 e o meu sonho era chegar aos 30, 40 anos rodeado por alguns milhares deles. Comprar um disco era uma experiência bacana, nas lojas você entrava num universo a parte onde todas as diferenças se encontravam e trocavam assunto referente à música. Quando ia para casa com as sacolas abarrotadas de discos e os colocava um a um para ouvi-los sempre procurava extrair os hits e depois é que me interessava em ouvi-lo inteiro para saber se realmente iria gostar daquela coleção de canções inéditas, mas geralmente passava tanto tempo com esses discos e era inevitável não se apaixonar por elas todas.

sábado, 14 de março de 2015

Dez discos para você conhecer a música de Bob Dylan.


Poucos artistas possuem uma discografia tão extensa e tão cultuada e idolatrada, o fato é que anos de 1960 e 1970 foi quando saíram os melhores e mais emblemáticos discos da carreira de Dylan. Um poeta místico engajado na luta pelos direitos civis, ou seja, ele militou e cantou sobre e a favor do fim da segregação racial. Música folk revolucionária para protestar que se funde a outros gêneros como rock e country e se eletrifica e eletrocuta os ouvidos, as mentes e os corações. Dos anos de 1980 até atualidade Bob Dylan se manteve lançando discos fracos, bons e clássicos, porém sempre relevante e com energia de sobra. O lance desse post é indicar dez discos para você correr atrás o mais depressa possível, para conferi-los nota por nota, letra por letra e se possível fazer a loucura de adquiri-los todos de uma vez só. 

segunda-feira, 9 de março de 2015

A Volta do Vinil: de Falácia a Realidade.


Há quem diga que a volta do vinil seja uma falácia, eu mesmo já tive essa opinião, mas diante dos acontecimentos nos últimos cinco anos estou começando a mudar de ideia, mas por quê? Isso aconteceu justamente por causa das feiras itinerantes que cortam o país de norte a sul e também por causa de outras formas de aquisição, pois as grandes redes livrarias estão vendendo os importados e os nacionais e lojas especializadas no formato vem surgindo em vários lugares do Brasil.

domingo, 8 de março de 2015

Picaretagens no Rock: O dia em que o Deep Purple virou o "New" Deep Purple.


Falcatruas existem em vários lugares e até no rock elas existem, mas não se restringem a discos ruins, mudanças de formação, ou seja, elas são um detalhe em comparação ao aconteceu com o Deep Purple em 1980. Perto daquela picaretagem discos ruins ou mudanças de formação ou mesmo na orientação musical do grupo podem ser consideradas brincadeira de criança ingênua. São poucos os fãs que sabem dessa história que fez o integrantes do Deep Purple saírem de suas casas e trabalhos não para retornar a ativa, mas sim para deter uma falcatrua que seria muito prejudicial a uma entidade do rock, que sempre primou pela honestidade junta a seus fãs.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Rolando na Vitrola: King Crimson - In The Court Of The King Crimson (1969)


Em 1969 começava o fim de uma era e começa-se o preparo de outra tão brilhante quanto essa. Os heróis começavam a morrer, primeiro Brian Jones no ano seguinte a perda seria esmagadora, Janis Joplin e Hendrix empacotaram e a seguir eles foi Morrison, que morreu em sua banheira, em Paris. Outros começariam a surgir antes dos anos de 1960 cerrarem suas cortinas, o rock progressivo estava em processo de formação, o gênero se caracteriza por ter faixas longas, mas mais do que isso as influências vinham da música clássica, do jazz e outros gêneros de vanguarda. Mais uma vez a Inglaterra, a Meca do rock, iria capitanear essa invasão mundial em curso.

terça-feira, 3 de março de 2015

Rolando na Vitrola: Eric Clapton - Eric Clapton (1970)


Após uma brilhante passagem pelo The Yardbyrds, o guitarrista Eric Clapton mergulha de cabeça no blues e vai tocar na banda de John Mayall onde deixa registrado o álbum Blues Breakers John Mayall with Eric Clapton (1966), que faz justiça a sua fama e ao apelido "Deus" e dessa maneira estabelecera-se como um músico de blues e sua passagem pela banda de John Mayall foi curta, pois o guitar-hero abandonou-a pouco tempo depois do lançamento do álbum, e foi formar um dos maiores e mais influentes power trios da história do rock, onde a sua fama e prestígio subiriam a níveis inimagináveis de adoração e devoção por parte dos seus adeptos.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Rolando na Vitrola: Judas Priest - Point of Entry (1981)


Em 1980, o Judas Priest estourou, arrebentou e derrubou barreiras com British Steel e através dele mostrava a força do heavy metal britânico para o mundo, o som estava mais manso em relação à década anterior cujos álbuns Sad Wings of Destiny (1976), Sin After Sin (1977), Stained Class (1978), Hell Bent For Leather (1978) transbordavam velocidade, agressividade, peso e melodias que viraram de ponta cabeça a rapaziada. Os legítimos herdeiros do Black Sabbath. Os caras pegaram o gênero criado por seus conterrâneos e o levaram para outro nível e a partir dali criaram as bases para tudo o que se viu e ouviu nos anos de 1980.